terça-feira, 22 de maio de 2012

Adaptação de "O Patinho Feio"

Estou fazendo uma disciplina chamada Edição e pós-Produção para Rádio. O professor pediu que as equipes adaptassem uma estória infantil para o Rádio. A minha equipe - que sinceramente meu deu dor de cabeça desde o começo - ficou com a estória do "Patinho Feio".
Ninguém conhecia direito, então pesquisamos na internet e em alguns livros. Fizemos uma estória em menos de 10 minutos, mas que particularmente achei que ficou uma porcaria. Até porque, numa equipe de 03 pessoas onde 02 delas querem terminar logo o trabalho para poder curtir mais cedo a sexta-feira, não tinha como sair algo que preste.

O professor obviamente pediu que melhorássemos. As 02 queriam se reunir momentos antes da gravação para poder melhorar o roteiro, mas como sou bem aguniada, resolvi fazer outra adaptação, outro roteiro. 

Vou colocar o MEU roteiro aqui. Digam por favor o que acham. Se gostaram, se não gostaram, onde posso melhorar, etc. Aceito críticas sem problemas, mas por favor, sem xingamentos ou palavras esdrúxulas.

Vou postar também o primeiro roteiro feito. Me digam se conseguem ver a diferença.

Ahh, no dia da gravação elas não apareceram e não pudemos gravar. Vou tentar gravar aqui em casa e depois se der certo posto aqui.




SOBE SOM DE FLORESTA, PÁSSAROS CANTANDO, RIACHO.

SOBE SOM FILHOTES DE PATO
SOBE SOM DE ALGO ROLANDO





























  
SOBE SOM DE BATIDAS NA PORTA























  
SOBE SOM DE ASAS BATENDO E CORUJA PIANDO















SOBE SOM DE CRIANÇAS BRINCANDO, CORRENDO E GRITANDO

















SOBE VOZES ENGRAÇADAS RINDO


SOBE SOM GARGALHADAS
























SOBE SOM DE GARGALHADA








SOBE SONS DE CONVERSAS



















SOBE SOM DE RISOS







SONS DE GRITOS FEMININOS









SONS DE PESSOAS SURPRESAS (ÓÓÓ)









RISOS DA VOZ GRAVE




NARRADOR: ERA VERÃO NA FLORESTA E DONA PATA TINHA ACABADO DE TRAZER AO MUNDO SEUS FILHOTINHOS QUANDO ESCUTOU UM BARULHO ENGRAÇADO. FOI VER O QUE ERA MAS NÃO ENCONTROU NADA. VOLTOU AOS SEUS FILHOTES E CONTOU:


DONA PATA: UM, DOS E TRÊS. MAS O QUE É ISSO?! UM QUARTO FILHOTINHO? DEVO TER CONTADO ERRADO DA PRIMEIRA VEZ.


NARRADOR: LOGO DEPOIS DONA RAPOSA LHE FEZ UMA VISITA.


DONA RAPOSA: NOSSA DONA PATA QUE FILHOTES LINDOS, MAS ESTE AQUI É UM POUCO... DIFERENTE NÉ?!


DONA PATA: COMO ASSIM DIFERENTE? NÃO VEJO NADA DE DIFERENTE NO MEU FILHOTE.


DONA RAPOSA: ELE É UM POUCO DIFERENTE DOS OUTROS, MAS SÓ UM POUQUINHO.


NARRADOR: DONA RAPOSA SE DESPEDIU E SAIU MEIO SEM JEITO. CORREU E CHAMOU DONA CORUJA PARA PODER MAROCAR O FILHOTE 'DIFERENTE' DA DONA PATA.


DONA CORUJA: OLÁ DONA PATA, SOUBE QUE TEVE FILHOTES, POSSO VÊ-LOS?


DONA PATA: SIM DONA CORUJA É VERDADE, VENHA VER COMO ELES SÃO LINDOS.


NARRADOR: DONA CORUJA ADMIROU OS PATINHOS, MAS QUANDO OLHOU O ÚLTIMO NÃO SE AGÜENTOU E DISSE:


DONA CORUJA: MEU DEUS, O QUE É ISSO?! A DONA RAPOSA ME DISSE QUE UM DELES ERA DIFERENTE, MAS ESTE AQUI NÃO TEM NADA DE DIFERENTE, ELE É É FEIO, ISSO SIM.


NARRADOR: DONA PATA SE IRRITOU.


DONA PATA: TOME VERGONHA NA CARA DONA CORUJA, QUE QUANDO A SENHORA. TROUXE AO MUNDO AQUELE BICHO HORRIPILANTE QUE A SENHORA. CHAMA DE FILHOTE NINGUÉM LHE DISSE NADA, PELO CONTRÁRIO, ATÉ CONCORDAMOS QUANDO A SENHORA. DISSE QUE "AQUILO" ERA BONITO. SAIA JÁ DA MINHA CASA QUE NÃO VOU ATURAR NINGUÉM FALAR MAL DE UM FILHOTE MEU.


NARRADOR: MÃES SÃO ASSIM, DEFENDEM SEUS FILHOS SEMPRE.


NARRADOR: O TEMPO FOI PASSANDO E OS PATINHOS FORAM CRESCENDO. DONA PATA PERCEBEU QUE SEU FILHOTE ERA DIFERENTE DOS IRMÃOS.

DONA PATA: MAS ISSO NÃO QUER DIZER QUE ELE SEJA FEIO. ELE SÓ É DIFERENTE DOS OUTROS. ORA, UM DEDO NÃO É IGUAL AO OUTRO.


NARRADOR: O TEMPO PASSOU E OS PATINHOS TIVERAM QUE IR PARA A ESCOLA. LÁ O MAIS NOVO DOS PATINHOS FEZ ALGUMAS AMIZADES.


GATINHA: PORQUE TU É DIFERENTE DOS TEUS IRMÃOS? MIAU.


PATINHO FEIO: EU NÃO SOU DIFERENTE DELES. EU SOU UM PATO COMO ELES SÃO.


CACHORRINHO: AUF, É VERDADE, AUF,AUF, TU É BEM DIFERENTE DOS TEUS IRMÃOS.


PF: NÃO SOU NÃO! SOU?!?


PASSARINHO: (ASSOBIO)É SIM, TEUS IRMÃOS SÃO MAIS POPULARES DO QUE TU. (ASSOBIO)


NARRADOR: E TODOS SORRIRAM.


NARRADOR: MAS SEUS IRMÃOS ESTAVAM SEMPRE PRONTOS PARA CHATEAR O CAÇULA.

VOZ DE PATO: EI DO AVESSO.


VOZ DE PATO 2: OLHA SÓ O LANCHE QUE A MAMÃE PREPAROU PARA ELE. SÓ PORQUE ELE É FEIO TEM QUE GANHAR O MELHOR LANCHE?


VOZ DE PATO 3: QUE SACANAGEM. PASSA O LANCHE PRA MIM.


GATINHA: MINHÃO!! ISSO NÃO ESTÁ CERTO. O LANCHE É DELE. COMAM O DE VOCÊS.( ROSNADO)


PASSARINHO: ISSO É PRECONCEITO. (ASSOBIO)


VOZ DE PATO 2: PRECONCEITO É A MÃE ME DAR UM LANCHE QUALQUER SÓ PORQUE SOU MAIS BONITO DO ELE.


NARRADOR: OS IRMÃOS SORRIRAM E FORAM EMBORA LEVANDO O LANCHE DO PATINHO.

O TEMPO PASSOU, O PATINHO CRESCEU FICANDO CADA VEZ MAIS DIFERENTE DOS IRMÃOS E AGUENTANDO TODAS AS BRINCADEIRAS FEITAS POR ELES COM MUITA PACIÊNCIA E AJUDA DOS AMIGOS.


ENFIM, CHEGOU O DIA DA FORMATURA. E O GRANDE ASSUNTO ERA QUE IRIAM CONVIDAR O FAMOSO ATOR CISDINEY MOREIRA PARA APRESENTAR OS FORMANDOS.
TODOS ESTAVAM EMPOLGADÍSSIMOS.


GATINHA: MIAU, AINDA NÃO ACREDITO QUE O CISDINEY MOREIRA VAI VIR AQUI NA ESCOLA.
PASSARINHO: (ASSOBIO) QUE LEGAL NÉ?!

CACHORRO: AUF, AUF, MUITO.

PATINHO: É, DEMAIS!

VOZ DE PATO2: EI FEIOSO... TU NÃO VAI FICAR PRA FORMATURA VAI?

PATINHO FEIO: PORQUE NÃO?

VOZ DE PATO: PORQUE TU SENDO DO AVESSO ASSIM VAI ACABAR ASSUSTANDO O CISDINEY MOREIRA.

DONA PATA: PARE DE CHATEAR O SEU IRMÃO. NÃO LIGUE PARA ESSAS BRINCADEIRAS QUERIDO.

PATINHO FEIO: TUDO BEM MAMÃE EU NÃO LIGO.


NARRADOR: DEPOIS DA FORMATURA TODOS FORAM AO ENCONTRO DO ATOR PARA TIRAREM FOTOS E PEDIR AUTÓGRAFOS. E ENTÃO O PATINHO FEIO TEVE UMA GRANDE SURPRESA:


VOZ GRAVE: VEJAM SÓ ISSO, NÃO IMAGINEI QUE POR ESTAS BANDAS DA FLORESTA FOSSE ENCONTRAR OUTRO CISNE.


NARRADOR: TODOS FICARAM CURIOSOS E ESTRANHARAM QUANDO CISDINEY MOREIRA FOI EM DIREÇÃO AO PATINHO FEIO.


VOZ GRAVE: QUAL O SEU NOME MEU JOVEM?


PATINHO FEIO: MEU NOME É PATO. MAS TODOS ME CHAMA DE PATINHO FEIO.


VOZ GRAVE: HAHAHAHAHAHAHAHA. E VOCÊ ACEITAVA ESSAS MENTIRAS? MEU JOVEM, VOCÊ UM BELÍSSIMO CISNE, ASSIM COMO EU!


DONA PATA: MEU DEUS, AQUELE BARULHO QUE ESCUTEI NO DIA QUE VOCÊS NASCERAM DEVE TER SIDO O SEU OVO ROLANDO ATÉ MEU NINHO.


PATINHO FEIO: QUER DIZER QUE NÃO SOU SEU FILHO?


DONA PATA: MEU AMOR, VOCÊ SERÁ SEMPRE MEU FILHO, SÓ QUE MUITO MAIS BONITO DO QUE EU!











Este aqui abaixo foi o primeiro roteiro que se fez. O feito à pressa.




{{  LOC 1 }}  

BG DE BOSQUE, FOLHAGEM, PÁSSAROS CANTANDO.






{{  LOC 1 }}                                                                       

BG ONOMATOPÉIA DE PATOS





{{ LOC 2 – VOZ DA PATINHA}}  





{{  LOC 1 }}

BG MÚSICA “CINCO PATINHOS” DA XUXA                                                                      




{{  LOC 3 – VOZ DE ALGUM BICHO }}                                                                       
                                                           


{{  LOC 1 }}                                                                       




{{  LOC 4 – VOZ DOS IRMÃOS PATINHOS}}



{{  LOC 1}}












{{  LOC 1 }}




{{  LOC 5 – CISNE }}






{{  LOC 1 }}




{{  LOC 6 – PATINHO FEIO }}



{{  LOC 5 – CISNE }}






{{  LOC 1 }}


era verão e o dia estava lindo. no meio de um grande bosque havia um bonito lago./ no meio da folhagem do bosque, DONA PATA, no seu ninho, aguardava os patinhos que iam nascer.//

A DONA PATA TEVE QUATRO PATINHOS MUITO LINDOS, PORÉM, QUANDO NASCEU O ÚLTIMO, DONA PATA EXCLAMOU ESPANTADA:


- “mEU deus, que patinho tão feio”



QUANDO A MÃE PATA NADAVA COM  OS SEUS FILHOTES TODOS OS ANIMAIS DO BOSQUE OLHAVAM PARA ELES:

- “que pato tão grande e tão feio”.

OS IRMÃOS TINHAM VERGONHA DO PATINHO E FALAVAM:



- “VAI EMBORA, POIS É POR TUA CAUSA QUE ESTÃO TODOS OLHANDO PARA NÓS”

O PATINHO FEIO FICOU TÃO TRISTE, QUE RESOLVEU IR EMBORA. ELE ANDOU POR MUITOS LUGARES E CONHECEU MUITOS LAGOS DIFERENTES, ASSIM FOI CRESCENDO E UM DIA CHEGANDO PERTO DE UM GRANDE LAGO, VIU A SUA FRENTE, UM CASAL DE BELOS CISNES, BRANCOS COMO A NEVE E FORMOSOS COMO NENHUM OUTRO ANIMAL QUE ELE JÁ CONHECERA.//



OS CISNES LOGO SE APROXIMARAM E CUMPRIMETARAM O PATINHO:



- “ oLÁ, TUDO BEM? você está tão sozinho, não quer se juntar a nós?”



o patinho estranhou, pois nunca havia sido tratado tão bem, ainda mais por animais tão BELOS.



- “mAS EU SOU TÃO FEIO, NÃO POSSO NADAR COM VOCÊS”


- “FEIO? OLHE SEU REFLEXO MEU JOVEM”




ENTÃO AO entrar no lago, viu seu reflexo nas águas e ele já não era mais O patinho feio e rejeitado por todos.
 agora já era adulto e tão lindo quanto os cisnes que nadavam COM ELE.//

DESDE ENTÃO, TODOS PASSARAM A ADMIRÁ-LO E A SE CURVAR DIANTE DE SUA BELEZA.//








segunda-feira, 9 de abril de 2012

Análise do filme "O Poderoso Chefão"

Este trabalho foi bem legal de fazer. Assisti o filme umas 3 vezes, não pra fazer a análise, mas porque o filme é muito bom.



            O Poderoso Chefão (título original: The Godfather) foi considerado um dos melhores filmes americanos de todos os tempos pela American Film Institute (uma das mais importantes instituições do cinema americano) estando em primeiro lugar na lista ‘Top 10 Gangster’ do instituto.
            O filme é considerado também como a obra-prima do diretor Francis Ford Coppola. Foi baseado no livro de mesmo nome do escritor Mario Puzo. A adaptação do roteiro foi feita numa parceria entre os dois.
            Em 1972 foi indicado para dez categorias do Óscar. Ganhando os Óscares de Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Ator, este cedido à brilhante atuação de Marlon Brando como o patriarca da família Corleone.
            O filme apresenta um retrato violento e marcante da luta de uma poderosa família siciliana para permanecer no poder, numa corrupta e traiçoeira América pós-guerra. O primeiro filme da trilogia retrata o início da história da vida familiar dos Corleone e os sujos negócios criminais em que estão envolvidos.
            ‘O Poderoso Chefão’ inicia com uma cena escura de um homem (Bonosera) dando o relato do que alguns americanos fizeram com sua filha. A câmera fixa, enquadramento em primeiríssimo plano no rosto do homem,vai se afastando, dando zoom (que dura três minutos), aumentando o plano. Vemos então, entrar em cena, as costas de outro homem que percebemos logo ser o Don Vito Corleone. Essa mudança do tamanho do plano juntamente com a pouca luz da cena (que se concentra no rosto do senhor que fala) e os efeitos de sombra torna-a lúgubre, mostra a seriedade e a dramaticidade daquele diálogo.
            Na verdade boa parte das cenas dramáticas e importantes do filme são feitas utilizando-se (ou seria retirando-se?) a luz e a sombra como artifício de dramatização.
            A cena seguinte é completamente oposta à anterior. Numa área externa, bem iluminada, percebemos que se passa durante o dia (só então notamos que a cena anterior também se passa de dia). É uma festa, pessoas alegres, dançando e conversando. É um casamento. A noiva aparece feliz e radiante. Todos vestidos de acordo com o casamento e com a época em que se passa.
            A câmera inicia a cena de forma panorâmica, vai se aproximando e então passa a mostrar partes separadas da festa, personagens importantes do filme e suas características, mas estas cenas são feitas sempre com câmera fixa.
            A cena em que Tom Hagen (Robert Duvall) e o Sonny (James Caan), filhos do Don, vão do lado de fora da propriedade para expulsar os federais é a primeira cena em que a câmera se movimenta com os atores, até então, só aparecia cenas de câmera parada.
            Uma câmera acompanha um casal que acabou de chegar à festa. Inicialmente só as costas. O homem está de farda, percebemos que é um soldado de guerra, dando a entender que era um ‘herói de guerra’ (como os americanos chamam os que lutaram pelo país em alguma guerra), neste caso da segunda guerra mundial.
            O começo do filme se torna muito interessante por que em um momento aparece a festa, bem iluminada, com pessoas alegres, dançando e cantando, cenas rápidas e em outro momento aparece uma sala escura, com poucas pessoas e diálogos sérios. Essa alternância de humor (por assim dizer) nos faz perceber que apesar dos gângsters serem pessoas ‘normais’, não podemos esquecer o que eles realmente são.
            Na festa aparece um cantor famoso e as mulheres começam a gritar, era Johnnie Fontane. Ele canta. É a primeira música com letra do filme, até então, somente músicas clássicas, som sem voz.
            Descobrimos que o cantor é ‘afilhado’ do Don através do Michael (que já sabemos que também é filho do Don) que conta à sua acompanhante a estória de como Johnnie se livrou de um contrato com a ‘ajuda’ do padrinho. Neste diálogo, percebemos como são feitos os ‘negócios’ da família. No diálogo seguinte percebendo o incômodo da namorada, ele afirma: “Esta é a minha família Kay, não eu.” Dando a entender que não tem desejo nenhum em entrar para ‘os negócios’ da família.
            Com aproximadamente 30 minutos de filme ocorre umas das cenas mais famosas do cinema. A câmera mostra a casa do diretor pelo lado de fora, percebe-se que está amanhecendo. Corta para o quarto, onde aparece somente a cama. A câmera se aproxima da cabeceira da cama, onde se encontra o diretor de cinema que rejeitou o Johnnie e a proposta do Don. Ele está dormindo, se movimenta um pouco e percebemos que há sangue no lençol. Então o diretor acorda e percebe que há algo errado. Vai se mexendo e tirando o lençol de cima dele. A câmera acompanha o movimento e vai descendo aos poucos, mostrando exatamente quando o diretor tira cada parte do lençol sobre o corpo que está todo ensangüentado. Não se sabe o que aconteceu, ficamos na expectativa de saber o que houve, se o diretor está ou não ferido. O diretor já está quase que completamente descoberto, tira então do lençol a única parte do corpo que faltava, os pés. Notamos então que não é o diretor que está ferido. O que é então? Ele levanta de uma só vez o lençol da cama ensangüentada, a câmera acompanha toda a cena, então aparece o motivo de todo aquele sangue: a cabeça decapitada do seu querido e valioso cavalo.
            Em seguida a cena que muda trajetória do filme, a reunião do Don Corleone com o gângster Sollomon. Uma das poucas cenas do filme em que a câmera acompanha os personagens, exatamente quando o Don chega à sala para a reunião, em seguida Bruno com os Tattaglias. Esta cena muda a trajetória do filme por que é a partir daqui que os ataques começam.
            A cena que assassinaram o Paullie que é um dos ‘funcionários’ do Don e que provavelmente foi um dos que ajudaram no ataque ao Don (Paullie é motorista e no dia do ataque ao Don ele estava ‘doente’) é uma cena muito boa. O carro está numa estrada que fica no meio do campo (acho que era um milharal), para para um dos gângster urinar. O jogo de câmera acontece quando mostra o rosto do ator que está urinando, e quando mostra de longe o carro, de uma maneira que podemos olhar o carro centralizado num plano geral e o campo (no lado esquerdo vemos a estátua da liberdade). Notamos que o ator que está fora do carro finge que nada está acontecendo, mas ao mesmo tempo que sabe o que vai acontecer. Volta a câmera para o carro e de repente uma luz no carro e um barulho de tiro. Paullie que estava sentado na frente (estava dirigindo) cai com a cabeça no volante.
            No hospital onde o Don Corleone está internado vemos que o uso de câmera imóvel é bastante utilizado. Quando Mike e a enfermeira mudam o Don de quarto percebemos claramente que a câmera parada está posicionada na escada.
            O Mike fala para o Don (que está dormindo ou em coma): “Cuidarei de você agora.”. Com esse diálogo o Mike ingressa nos negócios da família. Mas só percebemos isso bem depois. Na verdade só quem assistiu várias vezes consegue perceber que é neste ponto que isso ocorre.
            É marcada uma reunião entre o Sollomon, o policial e o Mike. O carro começa a se movimentar quando Mike entra e a câmera encontra-se fixa na frente do carro durante a cena inteira.
            Logo depois na reunião que ocorre com os três no restaurante, quando Mike está prestes a matar o policial e o gângster, essa cena foi feita em 1º plano no rosto dele (do Mike), manifestando o significado psicológico e dramático da cena. Percebe-se uma tensão mental do personagem, uma impressão de angustia e ansiedade nas feições do ator que é reforçada pelo enquadramento. No ápice da cena, quando Mike prestes a sacar a arma, a tensão do momento é também representada pelo som de um trem passando que é utilizado aqui como papel dramático já que aumenta a ansiedade e o nervosismo do que está para acontecer.
            Quando o Mike é enviado para Itália, passam cenas de gângsters mortos, dos ‘funcionários’ do Don vivendo escondidos, de matérias de jornais relatando mortes, todas essas cenas fixas ao som de piano que também é usado como sublimação de ruído nas cenas de assassinato.
            Uma cena interessante é na Itália quando mostra a reconstrução da cidade, devido à Guerra. Interessante num ponto de vista histórico.
            Uma cena única (se não me falha a memória) é quando o Sonny está traindo a mulher, a câmera faz um movimento de travelling vertical, primeiro de cima para baixo e em seguida faz o movimento contrário.
            A definição de relações espaciais entre dois personagens acontecem bastante, mas em dois momentos do filme isso é percebido mais claramente. Quando o Tom Haggen conta ao Don Corleone que o Sonny foi assassinado e já quase no final do filme quando o Don Corleone conversa com o Mike.
            O vestuário (ou figurino) é todo realista. As roupas e acessórios utilizados no filme ‘O Poderoso Chefão’ foram escolhidos de modo a dar impressão da época, no caso de 1945, pós-guerra mundial e também no modo de vida dos gângster da época. Vemos isso nos homens, todos de terno ou paletó e gravata, suspensórios, chapéus, ou até nas fardas, já que o filme se passa logo depois do término da guerra. As mulheres com vestidos compridos e chapéus, luvas e lenços nas mãos.
            Temos que concordar com Jacques Manuel quando ele diz que “... precisamos admitir que o vestuário é o que está mais próximo do indivíduo, embelezando-o ao esposar sua forma, ou ao contrário, distinguindo-o e confirmando sua personalidade”. No caso deste filme isso é bem verdadeiro, pois pelas roupas podemos perceber várias características marcantes dos gângsters.
            Os cenários podemos dizer que é realista já que apresenta tudo exatamente como era em Nova Iorque na época. A cena do assassinato do Paullie que ao fundo se a estátua da liberdade e todo aquele ‘matagal’ na frente, em meados de 40 a cidade não era toda tomada por cimento e prédios como hoje. Ou então, percebemos o realismo em uma cena em que o Mike está passeado na cidade italiano e aparece uma cidade destruída sendo reconstruída, já que na época a 2ª Guerra Mundial havia acabado há pouco tempo e muitas cidades européias estavam sendo reerguidas.
            A trilha sonora do filme além de servir como música ambientação também é utilizada como papel dramático pois oferece uma tonalidade psicológica em todas as cenas. Os acordes criado por Nino Rota é um ótimo exemplo disso. As canções tocadas são da década de 40, relacionando o filme à sua data (1945): “Não vou escrever música dos anos 40. Para isso nada melhor do que ela mesma.” Disse Rota.
PS: Nino Rota não ganhou o Oscar de melhor trilha sonora original porque mesmo a música sendo de sua autoria, já havia usado em outro filme (Fortunella - 1958)
            Os diálogos são bem realistas e de acordo com a vida dos personagens. Gírias, modos de falar e até a língua italiana, presente em muitos trechos do filme. Foi por isso, para manter a relação Itália-América mais realista, que os estúdios da Paramont escolheram um diretor ítalo-americano.
            O desafio de "fazer prevalecer a explicação verbal sobre a expressão visual" foi superado facilmente por Coppola.
            Os diálogos de "O Poderoso Chefão" são uns dos mais conhecidos e mais imitados de todos os tempos. Não só pela maneira como eram ditos pelos atores (note que não comentei sobre as brilhantes atuações dos atores - não tive espaço), mas pelo próprio dialogo em si, pelas mensagens existentes neles em relação à família, ao tráfico de drogas, entre outros assuntos.
            Um erro que passou longe das filmagens de Coppola foi o do diálogo ser apenas uma paráfrase das imagens, ser apenas uma complementação. Neste filme os diálogos entravam em cena para enriquecê-las e em alguns momentos inclusive, dar sentido a elas. Muitas cenas no filme não precisariam de falas, mas definitivamente nós saímos ganhando com a inserção dos diálogos.

CONSIDERAÇÕES:
Ao escrever a análise percebi que ficaria muito difícil colocar determinados pontos no meio do texto( não ficaria uma seqüência agradável na leitura),  por isso deixei para o final parte da análise teórica, mas que mesmo assim comento, mesmo parecendo que estou dando menos importância (o que não é verdade) à essas teorias.

REFERÊNCIAS:


terça-feira, 13 de março de 2012

SPOT para disciplina de férias

Este trabalho foi bem legal de fazer. Foi de uma cadeira de férias de Sonorização e Trilha Sonora da UFMA, ministrada pelo professor Paulo Pelegrini, que é um ótimo professor. Mesmo as aulas sendo nas férias foram bem bacanas, e apesar do tempo ter sido curto foi bem proveitoso.

Bom, como última nota ele pediu que a turma se dividisse em duplas, gravasse um SPOT sobre as épocas das música e depois editasse no Vegas. Eu e minha dupla - Edson Botelho - ficamos com IDADE MÉDIA.

Iria passar na Rádio Universidade, mas acho que como os trabalhos ficaram muito simples - ou melhor dizendo, não ficaram bons, hehehe - provavelmente não vai passar.

De qualquer maneira jogo aqui pra quem quiser dar uma escutada

Ps.: está como vídeo mas é só áudio.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A Importância do Marketing nas Empresas

Vivemos cercados por inúmeras empresas de todos os segmentos, vários produtos essenciais e supérfluos e incontáveis tipos de serviços. Quando precisamos de algo, vamos ao comércio e escolhemos o que queremos ou precisamos.

Mas como escolher entre tantas opções?

Na maioria das vezes optamos pelo produto/serviço que já utilizamos, ou seja, que somos usuários há mais tempo. Já conhecemos seu benefício então não precisamos nos preocupar com possíveis sustos.

E quando não conhecemos a marca do produto que estamos adquirindo? Ou não temos indicações do serviço que precisamos usar. O que fazer? A quem recorrer?

Foi exatamente devido à essas dúvidas que o Marketing foi criado.

Atualmente existem inúmeras empresas que oferecem o mesmo produto/serviço com mínimas diferenças na qualidade. Para atrair consumidores essas empresas utilizam o Marketing como ajuda. É o que chamamos de diferencial. Sem um bom plano de marketing essas empresas acabam perdendo seja na corrida atrás de clientes, seja para manter os clientes já conseguidos.

Esse é um dos objetivos do marketing, tornar a empresa diferente, porque ser diferente é ser único. E ser considerado único nos dias de hoje significa cliente, consumidores. Estes últimos significam lucro. E lucro é o que toda e qualquer empresa quer.

Muitos acabam confundindo o marketing com propaganda e publicidade. Sim, ambos são utilizados para a venda de produtos e serviços. Mas o marketing não se limita somente à venda.

O marketing começa antes mesmo do produto/serviço existir, está presente na fase de criação, de transação, e depois do produto ser vendido. Ou seja, o marketing envolve todas as fases de vida de um produto ou serviço.

            Encontramos o marketing também nos relacionamentos das empresas com seus clientes. Neste âmbito, o objetivo é o de agradar os consumidores para que os mesmo criem um sentimento de fidelização para com a marca da empresa.

            Uma das definições que ajuda bastante para o entendimento do que vêm a ser o marketing, é a definição que encontramos no Dicionário. No Novo Aurélio encontramos assim descrito:

“Marketing é o conjunto de estratégias e ações que provêm o desenvolvimento, o lançamento e a sustentação de um produto ou serviço no mercado consumidor.”

Toda e qualquer empresa deve estar bem relacionada com o mercado e, para que possam sobreviver nestes dias tão competitivos, é necessário ter conhecimentos mais aprofundados. Um plano de marketing é fundamental para o sucesso da empresa. A partir dele, serão desenvolvidas ações que irão garantir o volume de vendas ou fidelizar os clientes.

É necessário que o líder ou gestor entenda a produção, o consumidor, a concorrência, o preço e a distribuição do seu produto para obter diferenciais para o produto/serviço. É um guia para a empresa saber exatamente o que fazer para conquistar o mercado onde escolheu atuar.

            Vai depender das necessidades de cada empresa para descobrir se o plano deve ser de curto, médio ou longo prazo.

            Não ter o devido conhecimento prévio das estratégias de marketing pode fazer com que o produto ou serviço venha a ser um fracasso total. Conhecer bem o mercado, o público alvo, os desejos desse público e como se comunicar com esse público é fundamental. Nesta área não é permitido “achismos” devido ao grande risco que isso implica.

            Para evitar os perigosos “achismos” que toda empresa deve fazer uso do plano e marketing.

            Um plano de marketing consiste de várias etapas, e estas etapas variam de acordo com cada empresa e suas necessidades.

            A maioria é basicamente (os mais simples) composta por:

1.    Pesquisa de análise mercadológica e opinião pública
2.    Análise de pontos fortes e fracos / oportunidades e ameaças;
3.    Defina os objetivos gerais e específicos;
4.    Defina o público-alvo;
5.    Desenvolva estratégias de marketing e planos de ação;
6.    Estabelecer orçamento;
7.    Análise dos resultados;

A empresa precisa fazer essas pesquisas para fazer uma análise, uma revisão de como está o mercado atual e seus consumidores. O que eles precisam, o que utilizam, o que querem. Qual produto/serviço mais usam, quais consideram de melhor qualidade, quais são suas queixas, reclamações e ou elogios.

No segundo ponto o plano de marketing aproveita para identificar os pontos fortes e fracos dos seus produtos/serviços de acordo com o que descobriu com as pesquisas de análise mercadológica e de opinião pública. E também as oportunidades e ameaças que o mercado lhe oferece.

Os objetivos gerais e específicos são pontos importantíssimos em qualquer plano. São as metas que a empresa quer alcançar. É aqui que se decidem os benefícios finais de cada ação a ser tomada.

            O público-alvo nada mais é do que para quem se pretende oferecer o produto/serviço. Tendo o conhecimento de quem são e do que desejam esse público-alvo, fica mais fácil de oferecer uma qualidade mais específica.

            O quinto ponto é aonde irá se decidir que tipo de estratégia se pretende usar para a venda do produto/serviço. Como se pretende alcançar o interesse do cliente.

            Em estabelecer orçamento se decide quanto a empresa irá gastar para colocar todo o plano de marketing em ação. É importante para se ter uma noção de quanto a empresa irá desembolsar. Deve ser todo detalhado. Colocando-se minimamente tudo o que irá se usar e gastar, evitando assim o desperdício de dinheiro.

            A análise de resultados já se explica por si só. Mas infelizmente muitos acham desnecessário. Ledo engano. É sempre importante ter o conhecimento do resultado final de qualquer coisa, principalmente de um plano de marketing. Aqui encontraremos os possíveis erros que atrapalharam o plano para poder então corrigi-los. Encontraremos os pontos positivos de todo o trabalho, para então aprimorá-los. Daqui poderemos ter um novo começo.
           
Estas são as principais etapas. As mais básicas e essenciais por assim dizer. Mas existem inúmeras outras que podem (e devem) ser usadas se a situação da empresa exigir.

O Marketing quando usado corretamente se torna um aliado fortíssimo para qualquer empresa. Mas deve-se ter cuidado, um Marketing mal planejado pode ser comparado à uma faca nas costas dada por nós mesmos. O Marketing planejado seria como uma propaganda contra os nossos próprios produtos/serviços feita por nós. O prejuízo seria gigantesco.

Por isso o plano de Marketing deve ser feito por pessoas especializadas e com conhecimentos específicos na área. Ou seja, por profissionais. Sabendo disso e fazendo uso, o único caminho a ser seguido pela empresa é o da prosperidade, pois o marketing visa a satisfação dos clientes, o que implica no sucesso da empresa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS



ASSESSORIA. A importância do Marketing para o gestor. Disponível em: < http://www.administradores.com.br/informe-se/marketing/a-importancia-do-marketing-para-o-gestor/34710/>. Acesso em 18 dez. 2010.

DANIEL, Ana. SANTOS, Fernando. OLIVEIRA, Sandra. A importância do Marketing. Disponível em: < http://www.ua.pt/incubadora/PageText.aspx?id=6864. Acesso em 18 dez 2010.

PERSONA, Mario. Marketing de gente: o marketing pessoal como suporte para o principal ativo das empresas. São Paulo : 2005.